Linha de frente com raciocínio agora entrando em cena
Não é cena de novela e muito menos filme de cinema
É realidade, Quadrilátero, correria
Atitude, proceder, diretamente da periferia
Vou falar uma fita, na fita não é obrigado a acreditar
Tem que ser firmeza pra não jambrar
Tem vários mano dando mancada
Tem vários mano deixando vários
Tem vários mano pagando de bandidão
Mas não é porra de nada
Eu sei que desse lado tô ficando muito louco
Numa grande correria pra sair desse sufoco
Pode ser que sim, pode ser que não
Meter o oitão e usar droga, eu não vou fazer mais não
Rebelião na televisão, maluco zoando, mais um vacilão
Chuta na cara e soco na boca porque deu mancada no pavilhão
Eu tô sabendo, eu tô ligado, sistema papo furado
Tem mano na fita, tá sendo zoado e não é safado
Eu vou ficar por aqui e o crime nunca mais
Representando a Zona Norte, mano Dadai
Essa é pra você se lembrar, se lembrar
Nem vem, paguei o preço, caí fora da FEBEM
Pela lei não devo nada pra ninguém
Quem não bota fé, pode colar que tem, pode colar que tem
Nem vem, paguei o preço, saí fora da FEBEM
Pela lei não devo nada pra ninguém
Quem não bota fé, pode colar que tem, pode colar que tem
A sociedade diz que é falta de humanidade
Por a faca no pescoço do monitor covarde
A moeda tem dois lados, então conheça os dois
Veja quem está errado e me diga depois
De um lado, o infrator; do outro, o monitor
Que é pago pra arregaçar sem dó e sem dor
Quem deveria educar está ali pra espancar
Xingar, quebrar e, muitas vezes, matar
Eu, guerreiro da favela, já presenciei
Maluco sendo atropelado lá na dezesseis
Sem motivo algum ou causa real
O mano tava de bode e mesmo assim se deu mal
Barraco arrastado, todo mundo mão no coco
O cara foi advogar, levou uma pá de soco
Era, mais ou menos, uns quinze monitor
Arrebentando o cara, mano, que horror
Isso que causa revolta, aí não tem solução
Motivo de sobra pra rebelião
E o final você já sabe e também já viu
Detento que se foda aqui no Brasil
Nem vem, paguei o preço, caí fora da FEBEM
Pela lei não devo nada pra ninguém
Quem não bota fé, pode colar que tem, pode colar que tem
Nem vem, paguei o preço, saí fora da FEBEM
Pela lei não devo nada pra ninguém
Quem não bota fé, pode colar que tem, pode colar que tem
Pode crer sangue B estou aqui com vocês
Quadrilátero de novo, essa é a nossa vez
Eu não falo e nem critico nada
Só mexendo com a consciência da rapaziada
E aí, irmão, vou dar conselho de ladrão
Correria na quebrada não tá fácil, não
Todo mundo arriscando o pescoço
Por um dinheiro que vem fácil e sai rápido do bolso
E pra dizer que isso não vale a pena
Por experiência própria, eu já paguei as consequências
Esse sistema, mano, é o fim
Barba, Zona Leste, vou ficando por aqui
Nem vem, paguei o preço, caí fora da FEBEM
Pela lei não devo nada pra ninguém
Quem não bota fé, pode colar que tem, pode colar que tem
Nem vem, paguei o preço, saí fora da FEBEM
Pela lei não devo nada pra ninguém
Quem não bota fé, pode colar que tem, pode colar que tem
Faço rap porque eu gosto, também porque eu posso
Não sou feito de ouro quanto mais o seu tesouro
Minha vida vale mais, porque eu quero paz
Quando eu for pra rua, zé povinho faz a sua
Como o mundo diz, olha o seu nariz
O meu já está cheio pra você entrar no meio
Quando eu furtei na FEBEM eu parei
Mas quando vi no jornal toda a história do Lalau
Cadê todos milhão? Tá no cofre do patrão
Eu como rango azedo e não tô nada satisfeito
Para o engravatado não existe nenhum defeito
A sua bicicleta era uma moto BMW
Seu carro, o mais farto, era um Mercedes importado
Viu, zé povinho? Olha o seu nariz
Eu sou da Bela Vista e vou tentar ser feliz
Nem vem, paguei o preço, caí fora da FEBEM
Pela lei não devo nada pra ninguém
Quem não bota fé, pode colar que tem, pode colar que tem
Nem vem, paguei o preço, saí fora da FEBEM
Pela lei não devo nada pra ninguém
Quem não bota fé, pode colar que tem, pode colar que tem
Ei, sociedade, venha comigo nessa trilha de viagem sonora
Vou te mostrar lá dentro porque o menor que ir pro arrebento
Onde esqueceram os sonhos de criança
Onde um gatinho inocente se transforma em onça
Na FEBEM, um mano ideia me deu
Me surpreendeu, no mundão, a treta não morreu, é ele ou eu
A maldade na mente existe, persiste
Tem bandidão zoando mano humilde
Só porrada, estiletada, no vapor da brecha na ala
Fizeram que não enxergou o espancamento no menor infrator
Ninguém grita sem dor, meu senhor
Muitas histórias de vida, fitas, BOs diferentes
Pivete que tá no mundão tire o mal da mente, então tente
Ser sobrevivente sem um calibre, você também invente
A reportagem não mostra o futebol no dia de sol
O que ela quer é tempestade, fogo no temporal
Após dezoito me dei mal
De menor também não foi legal
Cai na real, eu tô aqui fazendo a minha
Alimentado por um bom rap
Tipo ladrão que escuta e não esquece
Nem vem, paguei o preço, caí fora da Febem
Pela lei não devo nada pra ninguém
Quem não bota fé, pode colar que tem, pode colar que tem
Nem vem, paguei o preço, saí fora da Febem
Pela lei não devo nada pra ninguém
Quem não bota fé, pode colar que tem, pode colar que tem
TanyaRADA пишет:
- спасибо! От Души!!! ( Улыбаюсь...)все так!!!Liza пишет:
Любимая песня моей мамы