Levanto o meu terceiro dedo em sinal de protesto
Fecho a outra como um murro em sinal de manifesto
Polémica só reverte a favor da película
Tanto aluno na escola do crime sem fazer a matricula
É o título desta obra que vos incentiva a ter prazer
Código ra (p)vinci faz o teu ego tremer
Bárbaras execuções em bairros pobres do planeta
E o mendigo sofre de insónias, fome, sede numa sarjeta
Quem encaixa com o prejuízo e o psicológico danificado?
De um irmão depois de observado ainda ser espancado
Até a voz de um doutor citar que havia vigilância
Depois de socos, pontapés, no local jipe e ambulância
Página quarenta e quatro mostra agonia que abre fendas
E reclusos em presídios que esperam anos por penas
Quantos julgamentos marcados, inocentes sem sono?
Quantos músculos é que vocês ganham
Com uma divisa no ombro?
Tanto cêntimo, tanto euro, tanto saco de dólar
E quem é que paga o sofrimento de angolanos com cólera?
Tanto dinheiro mal gasto, deixa gente nervosa
Tanta incompetência numa ponte que cai, mão criminosa
Uma aliança no braço, casamento com heroína aquece
Divorciam-se p’rá metadona, mas primeiro amor não se esquece
Recaídas diárias, companhias a evitar
Tanto tabu no meio de crânios, tanta gente com medo de falar
Pedofilia doentia, no jornal faz manchete
Um «péniszitório», contra-indicação: não ir à retrete
Umas pequenas verdades ditas, rematadas no meu desagrado
Não sei se é cansaço de viver ou farto de viver cansado
Porque quem cala consente, porque quem cala consente
Nós somos a voz de quem não tem voz
Escondidos atrás d’um nome, jornalistas são influência
Anónimo texto, pretexto p’ra guerras e violência
Televisões, jornais, revistas e magazines
A mentira que é espalhada continua a ser o maior dos crimes
Seja qual for a religião, nacionalidade ou raça
Aquilo que todos querem é ser a maior ameaça
Sou a revolta de um povo e um cravo mal amado
Todos iguais, todos diferentes, só no tempo contado
Vaticano pede a paz da própria guerra que fundou
América é o Titanic indestrutível que afundou
Sustento a bandeira, sem cor e sem hino
Oprimido pelo suposto, sonho desde pequenino
Sou a Europa corrompida e uma potência desempregada
Brilhante texto oculto numa página rasgada
O livro de segredos que não querem nem por nada
O Código Ra (p)vinci e a polémica gerada
A Bíblia e o Corão, o luxo e a expeculação
O intervalo, a propaganda e horas de televisão
Adoptado pela Europa, sou filho de Portugal
Educado pela América sou cidadão mundial
Inspiro a tinta da imprensa a pintar e a entreter
Nunca vou ser uma sombra numa máquina de escrever
Porque quem cala consente, porque quem cala consente
Nós somos a voz de quem não tem voz
Isto é o capítulo da revolta da Bíblia do r.a.p
Oração lírica do Pai Nosso ao Avé
Maria cheia de graça que os fracos abençoa
Mas muita gente ainda se magoa
Inocentes ou não, a morte não escolhe a ponta
Enquanto o diabo colecciona troféus na sua montra
Mas o ser humano vai criando a própria extinção
Porque Deus perdeu o controlo sobre a ganância e a ambição
Acredites ou não o que digo não foi escrito
Porque o meu destino ainda sou eu que o dito
Enquanto a verdade é absorvida p’la hipocrisia
Há doenças que matam inocentes todo o dia
Atravessam gerações e dormem em qualquer cama
Mas nasceram da curiosidade da miserável raça humana
Sem escrúpulos que destrói quem não controla
Plantaram minas como flores nos solos de Angola
Inventaram os ghettos dos Afro-americanos
Com pedras que se evaporam chacinaram muitos manos
A corrupção é como água que escorrega em qualquer goela
Abrem-te a porta p'ó tráfico ou simplesmente p’ra uma cela
Armas ilegais que não caiem do céu
De vez em quando há um corajoso que levanta o véu
Mas porque é que tememos que deveria nos acudir?
És agredido por quem deveria proteger e servir
Nem se aproveita a honra porque a luta é desigual
Respeito que nem se preserva no corredor de um hospital
Deus guarda a justiça no bolso de quem pode
Quem não tem bolso p’ra guardar é sempre aquele que se fode
Já nem na casa do Senhor estamos em segurança
Porque a cobiça é cega e todos querem encher a pança
O padre pede esmola em nome do divino
Cada cêntimo que dás, em Deus espetas um espinho
Rogam-te pragas se não dás o que é preciso
Igreja é tipo agência p’ra alugar quartos no paraíso
Isto são coisas que se passam aos olhos de toda a gente
Mas isto só acontece porque quem cala consente
O velhaco do sacerdote que viola o menino do coro
E rouba-lhe a inocência, o seu maior tesouro
Ainda se benze em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Enquanto o menino chora porque aquilo magoa tanto
E a sua mãe se confessa que se sente impotente
Que não sabe o que fazer porque o seu filho está diferente
Em cinco minutos de prazer se muda a vida de alguém
Porque o egoísmo atravessa as barreiras do além
Isto é p’ra todos aqueles que lutam sempre sós
Isto é o código da verdade e eu sou a voz de quem não tem voz
Porque quem cala consente, porque quem cala consente
Nós somos a voz de quem não tem voz
TanyaRADA пишет:
- спасибо! От Души!!! ( Улыбаюсь...)все так!!!Liza пишет:
Любимая песня моей мамы